quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Brasil 350 milhas náuticas...

Após a euforia com o advento da descoberta de uma das maiores reservas de petróleo do mundo, abaixo da camada pré-sal, estimada em cerca de 8 bilhões de barris, o governo brasileiro pleiteia junto a ONU, ampliar sua soberania marítima para além das atuais 200 milhas de praxe que convém a todos os países que possuem litoral, para 350 milhas náuticas, segundo estudos geográficos, o suficiente para incorporar toda a área compreendida pelo ouro negro, a reivindicação é antiga, desde de 2004, mas a Organização das Nações Unidas fez ressalvas e solicitou ao Brasil novos dados e reformulação da proposta para reapresentá-la em 2012, no entanto, contrariando a resolução da ONU, o país determinou que a Marinha brasileira tomasse posse e patrulhasse a região visando resguardar o direito natural, "quase divino"  da nação mais poderosa militarmente e economicamente falando abaixo da linha do equador.


Poucos sabem, mas o Brasil já se envolveu em uma situação de litígio no que se refere a limites marítimos com a França na década de 60 e que quase chegou as vias de fato, foi ainda no governo do então presidente deposto pelo golpe de 1964 João Goulart, a polêmica em questão por mais esdruxúla que possa parecer envolvia a disputa pelo direito de pesca da lagosta no litoral nordestino, pois pescadores brasileiros reclamaram junto ao governo que navios pesqueiros oriundos da França desenvolviam suas atividades de forma predatória na região, relegando-os apenas as sobras, ou seja, os crustáceos com baixo valor de mercado, a história vazou para a imprensa brasileira, que tratou de inflamar a questão com discursos nacionalistas, dizendo se tratar de uma "afronta a soberania nacional" o que influenciou a opinião pública, que passou a exigir do governo federal um posicionamento consistente, temendo a repercussão de um levante popular o governo enviou navios da marinha para o local para expulsar os franceses sob tiros de advertência, o que enfureceu o governo francês, então, sob a égide do general Charles D'Gaulle, que para pressionar o Brasil, enviou uma esquadra para a região, durante dias os ânimos permaneceram exaltados, o Brasil inclusive após reunião do Conselho de Segurança Nacional, determinou o deslocamento, para a região, de considerável contingente da Esquadra, apoiado pela Força Aérea Brasileira, em terra, o 4° Exército, com sede em Recife, então sob o comando do então general Humberto de Alencar Castello Branco, também ficou de prontidão.



 
Para evitar o pior a diplomacia entrou em cena, dando origem a uma questão surreal "lagosta anda ou lagosta nada" se andasse estaria na plataforma continental, ou seja, em território brasileiro, pois na época admitia-se que o fundo do mar pertencia ao estado brasileiro, caso nadasse, como alegavam os franceses estaria em águas internacionais, foi então que a comissão brasileira, assessorada pelo então Almirante Paulo Moreira da Silva, especialista da Marinha do Brasil na área de oceanografia, contestou a tese francesa de que a lagosta era apanhada quando estava nadando, ou seja, sem contato com o assoalho submarino, longe do contato com a plataforma continental, podendo ser considerado um peixe, argumentou que para o Brasil aceitar a tese científica gaulesa, então, a França teria de crer na premissa do canguru ser então considerado uma ave, quando dá seus "pulos". A questão foi assim encerrada a favor do Brasil. Veja o vídeo:



Caso não consiga ver o vídeo, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=MNE1av77vhk 

O episódio originou a célebre frase dita pelo presidente Charles D'Gaulle "O Brasil não é um país sério", no entanto, há controvérsias sobre autoria desta infeliz declaração, atribuindo-á ao embaixador do Brasil na França também.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eleições 2010 - Sob a ótica de uma visão holística...

A virada nas urnas ocorrida no pleito para presidência da república neste domingo aos 47 minutos do 2º tempo, e que gerou uma prorrogação no jogo eleitoral, parece óbvia não é, ERRADO!!!


Nada é tão simples o quanto parece, o Brasil simplesmente não resolveu “acordar” como dizem os ferrenhos tucanos, a ponto de optar por livrar a nação da influência nefasta do PT, e de sua algoz representada na figura da Dilma Rousseff, por trás de tal evento democrático, forja-se um fenômeno social muito mais intenso, que se aprofundou nas duas últimas décadas e que pode representar um perigo a instabilidade social da nação brasileira, a medida que pequenas discrepâncias se transformem em richas, evoluindo para uma luta mais fervorosa, tal cenário seria desastroso para a economia, e principalmente para as relações sociais, criando uma clara distinção entre as correntes, com redutos próprios, os quais não podem ser frequentados de forma ecumênica, sem atritos colossais, pondo fim a tradição brasileira de convivência pacífica com as diferenças culturais.

Belfast - Irlanda do Norte após conflito entre Católicos e Protestantes.

Mas o que seria tão avassalador a ponto de decidir os rumos de uma eleição?

Sem mais delongas, informo, a mudança de credo da população brasileira, ou seja, somos o maior país cristão do mundo, ainda majoritariamente católico 64% da população, mas os evangélicos 24% avançam em larga escala arrematando cada vez mais um número maior de fiéis, você deve estar se perguntando o que isto tem haver com política em âmbito nacional, tudo, veja abaixo as implicações de tais mudanças em âmbito estadual e federal:

O atual senador e evangélico Magno Malta, durante uma entrevista política a uma rádio pró-catolicismo do sul do ES, se referindo a Cachoeiro de Itapemirim disse:


“Os políticos de Cachoeiro de Itapemirim, não se atentaram ainda para o enorme potencial turístico que a cidade pode ter... se eles soubesse vincular a imagem da cidade, como a terra natal de Roberto Carlos, aquilo seria uma nova Aparecida do Norte, iriam esquecer até que tem pedra lá” se referindo ao mármore e granito!!!

A declaração soou mal aos ouvidos dos católicos, que consideraram uma afronta, colocar um ídolo no mesmo patamar de uma padroeira, e deduziram que o candidato em questão estava satirizando os católicos, acusados de adorar imagens, ao fato, somou-se ainda o boato que circula nos meios online de que os evangélicos só votam em candidatos que comungam de seus preceitos religiosos; moral da história, o candidato que liderava as intenções de voto para as vagas ao senado que competem ao ES, caiu para 2º lugar, sendo ultrapassado por Ricardo Ferraço, e só foi eleito porque em apenas uma semana a 3ª candidata Rita Camata não conseguiu distender a vantagem, haja vista estar muito aquém nas pesquisas.

O segundo exemplo de como os eventos sociais incidem diretamente nas eleições, foi o resultado alcançado por Marina Silva, que já contava com o apoio do voto jovem, ávido por mudanças da polarização PT X PSDB, o resultado foi uma ameaça de “Tsunami Verde” graças a força do voto dos evangélicos, que induzidos pelos pastores fizeram um pesado boicote a Dilma Rousseff, acusada de si eleita sancionar a legalização do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo, fator evidenciado até mesmo por jornais internacionais. Veja abaixo trecho de reportagem publicada pelo portal de notícias Reuters que legitima minha afirmação:


"At a church service in Brasilia, Pastor Otaviano Miguel da Silva urged his followers not to vote for candidates from Rousseff's ruling Workers' Party because "it approves of homosexuality, lesbianism, and is in favor of abortion."

Brazil is overwhelmingly Catholic, but evangelicals are growing in number and pre-election polls showed them abandoning Rousseff in significant numbers as the vote grew closer.

Green Party candidate Silva, herself an evangelical, appeared to be the main beneficiary of the last-minute shift".

Finalizando a análise, creio que para o Brasil se consolidar como um país candidato a potência global, deve manter-se austero as questões religiosas, laico, pois no âmbito social alcançamos um índice tido pela ONU como fator de estabilidade social, que é de ultrapassar o índice de 50% da população na classe média, de modo que, conviver e respeitar as diferenças, também é sinônimo de grau de evolução de povo, não podemos retroceder na questão da civilidade, sob pena de nos transformamos em uma junção de faixa de Gaza com Irlanda do norte do século XX.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Rumo a 3ª Guerra Mundial ???

Você deve estar temeroso com o título acima não é, mais acalme-se, você não será convocado para lutar neste conflito, pois a guerra em questão não tem nenhum vínculo com atividades bélicas, bom, pelo menos por enquanto.

O cerne da questão que esta inflamando as principais potências do mundo é o fator cambial, pois algumas nações desenvolvidas com extremas dificuldades de se reerguerem financeiramente, estão adotando políticas cambiais não muito ortodoxas, como agir pela manutenção de suas respectivas moedas nacionais em um nível baixo para ganhar segmentos de mercado em países que estão em franca expansão, como o Brasil, inundando-os com seus produtos, tal manobra pode ser verificada na gradual redução do superavit da balança comercial brasileira, pois com o Real supervalorizado as importações ganham fôlego, e as exportações, principalmente de bens manufaturados e industrializados com maior valor agregado, perdem pujança, fato que sem dúvida nenhuma pode gerar grandes avarias a indústria nacional, a medida que o país já enfrenta pesada concorrência chinesa em diversos mercados antes cativos do Brasil, e que uma vez perdidos, dificilmente serão retomados.

Este inclusive é um dos argumentos mais utilizados pelos americanos em sua guerra particular com a China, a qual alegam estar demorando em demasia para aumentar o valor de sua moeda o iuane, tal postergação abriu precedente para o congresso dos EUA aprovar medidas de retaliação as importações do "dragão asiático", o pior é que a Europa e o Japão observando a eficácia do controle artificial do câmbio flutuante adotam práticas semelhantes, os japoneses por exemplo, estão vendendo ienes em massa para proteger suas exportações.

Irritando até mesmo o ministro da Fazenda, Guido Mantega que afirmou, "O mundo está em meio a uma guerra de divisas internacional sem precedentes".



Diante desta intempérie internacional, o presidente francês Nicolas Sarkozy prometeu impulsionar uma reforma do sistema monetário internacional durante sua presidência do G20, que começa em novembro, a fim de limitar a volatilidade das taxas de câmbio.

Toda esta repercussão é gerada pelo simples fato de que o mundo passa por um processo denominado de reequilíbrio de forças, semelhante ao ocorrido durante a crise de 1929 onde por causa da recuperação da capacidade produtiva da Europa destruída durante a 1ª Guerra Mundial, os EUA não tiveram mercado consumidor que absorvesse toda a sua superprodução, à qual se recusaram a reduzir espontâneamente; culminando em uma queda nas atividades industriais que  implicaria no aumento excessivo do número de desempregados e que de acordo com os princípios do fluxo circular de renda amplamente difundido pelos economistas, gerou um movimento virtuoso na economia americana, que culminaria na abrupta desvalorização dos papéis listados na Bolsa de Valores de Nova York ocasionando o famoso "Crash", auge da crise que repercutiria em todo o mundo; enfim, espero que o mundo tenha aprendido a lição do passado neste momento em que se inicia uma nova ordem econômica global, resolvendo as questões de forma diplomática, caso contrário, aí sim teremos motivos para apreensão, porque o risco de um estado de beligerância, insuflado e orquestrado por líderes nacionalistas, ditatoriais e revanchistas é alto, com consequências castratóficas, e que da última vez perduraram por décadas.


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ne me quittes pas: Assim fica difícil, França ironiza Brasil !!!


A França até o presente momento 5ª economia mundial tenta se desvencilhar de uma política externa marcada pelo cunho nacionalista e de aversão a globalização, fato que para muitos críticos é a razão pela qual o país vem perdendo influência no mundo, tanto no que tange a economia, bem como na cultura, pois os franceses são reticentes até mesmo no trato com os turistas que ousam aportar em seu país e se comunicarem em outro idioma que não seja o seu fabuloso gaulês, se negando até mesmo a dar informações, uma clara demonstração da receptividade e respeito que os franceses designam pela cultura de outros povos.

Tal atitude é associada a arrogância por outras nações, prejudicando os negócios das transnacionais francesas, que conscientes de que a capital do mundo não é Paris, se esforçam há décadas para ampliar o seu grau de internacionalização operacional, pois a França juntamente com outros países tidos como de primeiro mundo não conseguem mais absorver toda a produção de suas fábricas, obrigando-as a voltar suas atenções para os mercados das nações emergentes, em especial os BRIC's.

O governo francês totalmente subjugado as pressões populistas xenofóbicas, intervém até mesmo em negociações privadas de grandes grupos empresariais, como é o caso da Danone, que só não foi adquirida pela americana Pepsico em 2005 pelo simples fato de que um dos ícones da indústria nacional francesa  não poderia vendida, outro episódio polêmico, refere-se a ArcelorMittal, cujo controle acionário é do bilionário indiano Lakshmi Mittal, que ao visitar uma siderúrgica em Gandrange, no nordeste da França, avaliou a unidade produtiva como pouco rentável sendo necessário desativá-la; seu destino e de mais de 600 empregados parecia traçado, exceto, pela demonstração de populismo econômico explícito de Nicolas Sarkozy, que ofereceu subsídios oficiais para manter a fábrica aberta mesmo ineficiente ao ser pressionado por sindicatos, esse tipo de paternalismo, hoje se reflete no elevado endividamento negativo de muitos países europeus em crise, ou seja, aquele endividamento que decorre de gastos operacionais, e não para investimentos produtivos, e que a longo prazo são inviáveis economicamente.

O mais novo episódio que demonstra a inaptidão gaulesa no relacionamento diplomático são as pesadas e inverídicas declarações deflagradas por Bruno Le Maire ministro da agricultura da França que disse:



"A Europa não é o lixão de produtos agrícolas da América do Sul"

As declarações foram feitas em Rennes, onde se realizava um salão de agricultura. Le Maire foi recebido por militantes de sindicatos agrícolas, que protestavam contra a queda da renda dos produtores rurais, enquanto os sindicalistas entravam em confronto com a polícia, o ministro discursou para líderes rurais, audacioso a ponto de indiretamente ironizar o Brasil, país para o qual o Palácio do Eliseu tenta vender 35 aviões de caça fabricados na França em detrimento de seus concorrentes suecos e americanos, e cuja decisão segue ainda na mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Veja o que disse Le Maire em uma clara demonstração de desdém a supremacia brasileira no setor de proteína animal:

"Não podemos trocar carne bovina por Rafales."

O clima de tensão e hostilidades, vai de contramão a uma decisão história da União Européia de assinar o maior acordo de livre comércio da história do bloco com a Coréia do Sul, segundo um executivo da Comissão Europeia "este é um sinal de que a UE está aberta aos negócios", o que nos leva a intuir que o problema é mesmo com o Brasil, que ao contrário do passado deixa de ser visto internacionalmente como um país do "OBA-OBA",  terra do futebol, do carnaval e das mais deslumbrantes praias e mulheres despudoradas, mas sim como um player consistente, capaz de concorrer de igual para igual em escala global e desequilibrar as relações que vigoram desde a 1ª Revolução Industrial, fato que sem dúvida nenhuma é perturbador, principalmente pela França, nação avessa as mudanças, e que corre o risco de perder o posto no ranking das maiores economias do mundo para o nosso país, ingenuidade nossa considerar que tal movimento será orgânico, sem lutar.

O principal legado de toda esta situação embaraçosa, é o fato de revelar a urgência do Brasil desenvolver sua habilidade diplomática, e não se deixar influenciar, sendo apenas um mero escudo para nações cujos regimes democráticos são questionáveis como Irã e Venezuela, e passar a defender seus pontos de vista tidos como estratégicos pela nação com mais veemência, principalmente no que se refere aos assuntos económicos, pois quem não se lembra do caso da invasão das instalações da Petrobras na Bolívia.

Se temos a pretensão de sermos um potência global é consenso de que devemos agir como tal, mais o Brasil diplomaticamente se comporta com um adolescente que para fazer parte de determinados círculos de convivência abre mão de suas convicções em prol de migalhas, o que é inadmissível.

O BRASIL DEVE E PODE SER MENOS COMPLACENTE E EXIGIR RESPEITO!!!

Fontes: Revistas Exame,Veja e Istoé.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Petrobras sob holofotes

O mês de Agosto terminou, e parece que não vai deixar saudades a gigante tupiniquim dos hidrocarbonetos, pois logo após anunciar em seu balanço um lucro recorde de cerca de R$ 16,021 bilhões apurado durante o 1º semestre de 2010, ocorreram uma série de fatos que impactaram negativamente a organização, e que de certo modo, arranharam a sua credibilidade perante ao mercado internacional, especificamente, no que tange a sua capacidade de tomar decisões com agilidade e alheia a interesses estatais.


Veja abaixo em suma quais foram estes eventos:


  • Indefinição do CNPE - Conselho Nacional de Políticas Energéticas, composto pelos ministérios de Minas e Energia, e os titulares de outras pastas como Fazenda, Planejamento, Casa Civil, Meio Ambiente, Agricultura e Ciência e Tecnologia, no que tange a qual o valor do barril de petróleo a ser utilizado como parâmetro para a capitalização, em meio a morosidade as ações da Petrobras (PETR4); (PETR3) caíram perto de 4% na sessão da última segunda-feira (30).


  • Os fundos de ações denominado "Soros Fund Management" do bilionário George Soros excluem os papéis da Petrobras, que antes tomava a maior fatia individual da carteira, e redireciona investimentos no Brasil para Vale.


  • Coincidência ou não, a Vale 2ª maior mineradora do mundo se torna a empresa brasileira líder em valor de mercado, desbancando a Petrobras, e não para por aí a rivalidade entre as blue chips Verde e Amarelo, por causa de uma mina de potássio em Sergipe - NE, ocorre uma discussão acalorada entre o ministro da agricultura Reinhold Stephanes e Roger Agnelli, acerca da Vale estar impedindo o progresso do setor de fertilizantes brasileiro, ao não explorar adequadamente a mina sergipana, que por sinal  foi adquirida da Petrobras em 1992, quando a Vale ainda era estatal. Roger Agnelli em nota a imprensa informou que a empresa ampliou em 400% a capacidade instalada da mina, e que só não investiu mais por culpa da Petrobras, em especial o presidente da empresa Sérgio Gabrielle, o qual acusou de ignorá-lo, pois havia enviado uma carta ao mesmo 2 anos atrás para ampliar a concessão até 2017, a qual até a presente data não obtivera resposta,  Roger Agnelli também contestou as críticas do ministro referente a falta de interesse da Vale em agregar valor ao potássio visando a produção de um dos componentes mais empregados na produção de fertilizantes, que só pode ser obtido mediante a utilização de gás natural em larga escala,  disse: " A Petrobras se acha dona do gás", nós vamos esperar que a própria Vale tenha condições de fornecer todo o gás que precisaremos para investir neste nicho.


  • A  (CVM) Comissão de Valores Mobiliários irá avaliar a operação de cessão onerosa de 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal da União para a Petrobras, afirmou hoje a presidente da autarquia, Maria Helena Santana. A análise será feita como uma operação entre partes relacionadas, já que o governo é o principal acionista da companhia. "Esse será certamente um tema muito observado por nós", disse. Trocando em miúdos quer dizer que o governo fez a Petrobras pagar mais que o devido estipulado pelo lei da oferta e da procura pelo barril, aumentando o seu dispêndio financeiro, e consequentemente os custos a seus acionistas.


  • Mercado fica insatisfeito com o valor de R$ 8,51 para o preço do barril estipulado pelo CNPE na capitalização da empresa, neste processo o papel dos acionistas minoritários é uma incógnita, e por fim a Petrobras segundo especialistas caminha para se tornar uma espécie de PDVSA, a estatal Venezuelana do petróleo, pois segundo Adriano Pires diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o preço do barril de petróleo agradou, e muito, ao governo, mas frustrou acionistas minoritários "no final das contas, o governo brasileiro conseguiu o que queria, capitalizar a Petrobras, e elevar sua participação acionária na empresa".
Estes motivos podem inviabilizar as pretensões da Petrobras de realizar uma nova oferta pública de ações, que convém ressaltar, se concretizada será a maior da história como pode se verificar a seguir, na lista das maiores ofertas de ações do mundo, incluindo ofertas iniciais (IPOs).


Ano - Emissor - País - Valor captado (em bilhões de dólares)

2010 - Petrobras - Brasil - 74,5 (planejada, valor máximo estimado)

1987 - NTT - Japão - 36,8

2010 - AgBank - China - 22,1

2008 - RBS - R. Unido - 24,4

2009 - Lloyds - R. Unido - 22,5

1988 - NTT - Japão - 22,4

2006 - ICBC - China  - 22

2008 - Visa - EUA - 19,7

2009 - HSBC - R. Unido - 19,4

2007 - Fortis - Bélgica - 19,3

2009 - Bank of America - EUA - 19,3

1998 - NTT DoCoMo - Japão - 18,1

Fonte: Thomson Reuters
(Com Agência Estado e Reuters)

Os detalhes da operação serão divulgados no dia 23 de Setembro deste ano, e tem como meta finalizar pelo menos que por hora o apetite voraz da Petrobras por recursos financeiros, e não por estar falida como alguns leigos candidatos ao governo do ES estão dizendo por aí devido a má gestão desse e ou daquele partido, não vamos misturar as coisas, trata-se apenas de uma operação normal para empresas de grande vulto que anseiam ter recursos para realizar maciços investimentos, bom é o que eu encarecidamente espero.

Subprime Brasileiro???

Foi divulgado hoje pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que o Brasil teve seu melhor 1º semestre em 14 anos desde de que a série foi iniciada em 1996, com expansão económica da ordem de 8,9%, grande parte deste resultado se deve ao exponencial consumo das famílias das classes C e D.

Mas a grande questão é, e quando o limite de endividamento da população brasileira como um todo atingir níveis alarmantes, e fazendo com que a mesma não possa mais adquirir bens para girar o ciclo de renda, a resposta é simples!!!

Não, o governo não vai lançar nenhuma bolsa nova não, pois o setor privada já se incumbiu desta tarefa, mas como assim, é possível tal milagre económico sustentável? Claro que "sim" veja:

_Era uma vez uma grande nação do hemisfério norte, muito poderosa, agora nem tanto assim, pois ultimamente anda um pouco combalida por ter criado um monstro que não pode controlar chamado SubPrime, os habitantes deste país viviam para consumir, até que um belo dia o dinheiro acabou, mais e as minhas comprinhas sagradas de cada dia nas grifes mais renomadas do mundo, como ficam?

_ Não posso demonstrar para meus vizinhos que estou falido, já sei vou penhorar meu imóvel, afinal de contas, o setor imobiliário passa por um boom, e os preços só sobem!!!

Passam dias, semanas, meses e anos de pura exorbitância, até que um belo dia:

_Ué acabou o dinheiro de novo!!! O que vou fazer? Huuumm, meu imóvel se valorizou, e dobrou de valor, vou pegar outro empréstimo no Banco "Fala Sério Brother", assim eu quito o 1º empréstimo, e ainda tenho mais uns caramínguas para torrar na Oscar Freire, ops!!! But that street isn't in São Paulo,Brazil, qualquer semelhança é mera coincidência...

Mas os economistas e os meteorologistas sabem que o sol não brilha para sempre, aí vale a máxima da Cigarra e da Formiga, quem é prudente e se prepara para o inverno resiste a intempérie, mas não os nossos personagens do "Mundo da liberdade" Oh my good, o que será de nós agora que nossos imóveis se desvalorizaram e não pagam mais nem uma prestação avulsa, que dirá o montante total do empréstimo, será o fim do "Sonho, da terra da margem superior do Rio Grande" e para sua frustração e minha também a história ainda não terminou, por isso, nem eu sei se o final será feliz.

O que me preocupa, e deveria preocupar as nossas autoridades também é o fato deste estilo de vida baseado em consumo desenfreado, sem poupança e com garantias questionáveis, esta se replicando em nosso amado Brasil como foi publicado hoje no jornal Estadão, e o que é pior, o efeito manada dos grandes bancos brasileiros já começou, e sabe quem lançou a moda uma empresa que participava do mundo encantado da historinha lúdica, cujo decurso dos últimos anos tem sido trágico e vexatório, com vários de seus ícones sendo adquiridos em larga escala por grandes corporações de origem de nações emergentes, em especial os BRIC's.

Tudo bem que brasileiro dá mais valor ao que vem do exterior, mais a ponto de por em risco a saúde da economia que promete ser a 5ª maior do mundo em 2014, é uma insanidade sem fim, na minha opinião aculturação tem limite!
Agora sou eu quem digo, mais sem nenhuma conotação político-partidária por favor:
Acorda BRASIL!!!

Fonte: Jornal Estadão

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Economia Capixaba: Recuperação e Perspectivas

O estado do Espírito Santo ao longo das últimas décadas vem apresentando crescimento econômico acima da média nacional, grande parte deste fabuloso desempenho deve-se ao melhor período de expansão da economia mundial desde a segunda grande guerra, haja vista, ser um dos estados mais globalizados do Brasil, segundo fontes do IBGE.
Fato constatado durante a opulência de liquidez internacional, onde os capixabas souberam muito bem se aproveitar da oportunidade, incrementando suas vendas ao mercado externo, e consequentimente, potencializando a sua vocação exportadora, evidenciada por abrigar grandes plantas industriais destinadas primordialmente a exportação, e por deter consolidados pólos de desenvolvimento regional, cujas economias dependem direta ou indiretamente das exportações, como é o caso da maior cidade do interior capixaba Cachoeiro de Itapemirim, cuja maior fonte de riqueza advém da extração e beneficiamento do mármore e do granito.
No entanto, com o advento da crise financeira internacional, a economia capixaba atrelada as oscilações do mercado externo amargou respectivamente quedas de (-12,1%) e (-1,4%) no quarto trimestre de 2008 e no primeiro trimestre de 2009, tendência que se reverteu com a volta da credibilidade internacional ao sistema financeiro, originando a retomada dos investimentos embasados na confiança de ampliação da demanda do mercado consumidor externo, e principalmente interno, refletindo em uma expansão de 3% do PIB capixaba no segundo trimestre de 2009.
Atualmente, a economia capixaba passa por um processo de diversificação como se pode apurar com a intensificação dos investimentos privados e públicos que já foram anunciados, como na instalação de uma fábrica de motores elétricos da WEG na cidade pólo de Linhares, bem como, a prospecção por novos negócios como a instalação de unidade fábril da indústria automobilística Chery na cidade de Vila Velha, cujo prefeito articulou pessoalmente junto aos chineses em setembro deste ano, além dos esforços do governo estadual de implantar um porto de águas ultraprofundas no município de Vitória, único do gênero na America Latina, que caso se concretize poderá se configurar como um dos maiores diferenciais do estado na atração de investimentos externos. Veja abaixo o vídeo do projeto do superporto de águas profundas: